segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Festa do folclore em Triunfo ganha nova roupagem


Forró, mangue beat, música eletrônica, rap e rock. A festa do folclore surpreendeu pelo inusitado e pela vanguarda. Um verdadeiro caldeirão de diversidade musical, tudo bem equilibrado. O público era o mais variado: tinha head banger, mangue boy (as mães dos mangue boys!!!!), emo e o pessoal do sítio, é claro. Inovação sem perder a essência do evento, que preservou as tradicionais barracas temáticas e as pitorescas gincanas, onde crianças e adultos se divertiam no melhor do estilo triunfense. O homenageado, seu Ambrosino Martins era constantemente citado. Um dos fundadores do Folclore, seu Ambrosino sempre esteve envolvido nos eventos da cidade, seja nas novenas, no simpático Alaursa do carnaval, na praça. O grupo anfitrião, Ambrosino Martins abriu a grade musical com a excelente performance de Paulo Henrique nos vocais, que mostra o melhor que Triunfo pode oferecer: alto e bom som. As letras falavam de coisas e causos triunfenses. Mostraram um trabalho amadurecido e com identidade. Visão do Caos e Cogumelo Mosh, da cidade de Paulista marcaram presença no palco, com letras politizadas e um declarado engajamento em seus trabalhos. Radiola Serra Alta deu seguimento com suas batidas eletrônicas, no seu estilo "munganga beat." Templários Acústicos mostrou o trabalho de Lucivaldo Ferreira, um minucioso estudo da música popular brasileira em composições e texturas musicais sofisticadas: um som para escutar e se balançar. O grupo de forró Só Triscando mostrou irreverência em suas versões de Bob Marley e Raul Seixas. Todo mundo dançou. Lelo Lerim, integrante do Ambrosino Martins fala com entusiasmo do folclore. Lelo fala da necessidade de se incorporar esse novo formato do evento ao calendário oficial da cidade, pois estimula a preservação da memória coletiva e agrega valores e contribuições para a sociedade, como as várias oficinas ministradas nessa época e o estimulo aos jovens, que podem ver na arte uma alternativa para a formação e entretenimento, já que sempre foi uma reclamação unânime por parte deles que a única diversão da cidade é a cachaça, o que é um grande equívoco.